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sábado, janeiro 13, 2007

Surpresa desagradável

O impensável aconteceu. O grande Porto foi eliminado da Taça de Portugal pelo modesto Atlético, deixando em choque a nação portista. Mas isto apenas foi uma surpresa para quem não assistiu ao jogo, pois o conjunto lisboeta mereceu totalmente a vitória e a consequente passagem à próxima eliminatória da prova.

Mas comecemos pelo princípio: o jogo teve lugar num Domingo ao início da tarde, a hora a que deve ser jogado o futebol e, apesar do jogo ser de pequeno cartaz, o estádio do Dragão registou uma boa casa, provando que se os bilhetes não forem a preços exorbitantes e a partida for a horas decentes, o público vai aos estádios. O nosso grupo apareceu em número razoável e preparou-se para apoiar o nosso clube de coração no que se pensava que seria uma tarde tranquila.

Para este encontro o nosso treinador, Jesualdo Ferreira, promoveu algumas alterações no onze inicial com a inclusão de alguns jogadores menos utilizados nesta época, como Vítor Baia, Ricardo Costa, João Paulo e Vieirinha. A ideia talvez fosse espicaçar estes atletas que deveriam querer mostrar serviço e provar que são alternativas válidas.

A merecida ovação para o futebolista com mais títulos do mundo, o nosso Vítor Baia, deu o mote para o início da partida, mas infelizmente os jogadores não deram continuidade a este entusiasmo e realizaram uma primeira parte fraca, muito lenta e com poucas oportunidades de golo. O apoio vindo dos seus ultras não chegava para os motivar e o intervalo chegou com o marcador ainda a zero.

O FC Porto, já com Lisandro, regressou para a segunda parte com a missão de marcar e carimbar a passagem à quinta eliminatória da segunda competição mais importante do país. Mas não foi isso que sucedeu e foi o Atlético que marcou, por David, após uma jogada confusa no interior da grande área azul e branca. O golpe de teatro no Dragão ganhava forma e o público da casa acordava e empurrava a equipa para a baliza adversária, mas os jogadores pareciam continuar adormecidos num sono que se revelaria fatal. A equipa não tinha soluções e as substituições não traziam resultados práticos. Os ultras continuavam a fazer o seu papel, mas começava-se a perceber que esta era uma tarde não e que nada havia a fazer. É então que, no período de descontos e quando muitos sócios portistas já abandonavam o recinto, aparece uma grande penalidade quase caída do céu. O público explode de alegria e a casa quase vai abaixo, comemorando como se da conquista dum campeonato se tratasse. Mas os penaltys também se falham e foi isso que todos duramente percebemos poucos segundos depois. Quaresma, após ter andado grande parte da segunda metade da partida de cabeça perdida, pede para marcar o penalty. Com toda a gente no estádio em pé e a aplaudir o nosso jogador em melhor forma este ano, Quaresma parte para a bola mas a bola vai ao poste. O jogo termina logo a seguir e o desânimo e a incredulidade apoderam-se de todos nós, que sofremos com o mágico Porto. Os jogadores abandonam o terreno de cabeça baixa, mas sob os aplausos dos seus ultras, que dão provas de boa mentalidade ao apoiarem as suas vedetas num momento muito complicado para todos.

Assim, ficamos arredados da vitória numa competição que queríamos conquistar, mas temos de nos lembrar que ainda estamos em prova na Liga dos Campeões, lideramos isolados o campeonato nacional e já arrecadámos a Supertaça Nacional. Apesar desta surpreendente derrota, a época está a ser positiva e os jogadores e a equipa técnica merecem o nosso apoio e a nossa presença já no próximo desafio, contra o Desportivo das Aves. O GMU, como sempre, vai marcar presença na Vila das Aves e pedimos a comparência de todos, para prestarmos o nosso apoio neste momento difícil.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Campeões de Natal

Após a sofrida vitória na Choupana, na 13ª jornada, onde só nos últimos minutos o FCPorto conseguiu assegurar a vitória, por 1-2, a nossa equipa teve de defrontar o Paços de Ferreira, antes da paragem de Inverno do campeonato nacional, ou seja, as férias de Natal.

E se a época natalícia estava à porta, os nossos jogadores decidiram “presentear” os seus fiéis adeptos, nada mais, nada menos do que com uma goleada por 4-0, tendo sido as “prendas” divididas entre as duas partes do encontro: ao 24’ e 42’ por Pepe e Postiga e aos 68’ e 86’ novamente por Pepe e Lucho Gonzalez.

O jogo começou por ser bem disputado, principalmente nos primeiros 30 minutos. O Porto atacava mais e melhor, mas o Paços de Ferreira ainda respondia com algumas jogadas bem organizadas. No entanto, após os dois primeiros golos azuis e brancos, o Porto rapidamente se superiorizou ao seu adversário e foi delineando a vitória de modo natural e tranquilo. Com uma vantagem de duas bolas, a segunda esperava-se “morta”, mas até foi recheado de bons momentos de futebol e com algumas jogadas espectáculo oferecidas pelos nossos jogadores. O bom momento de forma que a equipa atravessa está bem patente na forma como joga e como constrói os resultados.

Pepe foi sem dúvida um dos homens do jogo, não só pelos golos que marcou, mas também pela forma como jogou. Foi ainda sobre ele que Edson fez uma entrada violenta, que lhe valeu a expulsão, ficando o Paços a jogar com 10 elementos a partir dos 45’.

Na curva, o apoio foi o do costume: bom no início e após os golos, mas com momentos de alguma apatia nos momentos menos animados da partida. O GMU marcou uma presença dentro do normal, mas com o defeito de muitos terem abandonado o estádio antes do apito final do árbitro. Apesar do frio, da hora e do jogo cedo estar decidido, é nossa obrigação ficar até ao último minuto, pois só assim podemos exigir aos jogadores que dêem o máximo durante os 90 minutos.

O campeonato pára agora durante, praticamente, um mês. O próximo jogo, já em 2007, é para a taça de Portugal, com o Atlético.

O Porto vai iniciar o novo ano como líder absoluto, com uma superioridade sobre os seus rivais bastante relativa. Pelos menos os campeões de Outono já somos! Venham as próximas estações!!!

domingo, janeiro 07, 2007

Qualificados!

Depois das fantásticas vitórias em Hamburgo e em Moscovo, o FC Porto regressava a casa para defrontar o Arsenal de Londres, em jogo a contar para a última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. O empate bastava para assegurarmos a passagem aos oitavos de final da prova, enquanto a vitória nos garantia o primeiro lugar do grupo.

Para este jogo, foi, mais uma vez, preparada uma coreografia de estádio todo e, como é regra geral, o GMU participou em força na elaboração do tifo. Assim, logo pela matina, o pessoal foi-se juntando no P1 do Estádio do Dragão para todos juntos entrarmos para o interior do recinto e começarmos o trabalho.

O espectáculo consistia, mais uma vez, num mosaico de cartolinas, onde, na superior sul, se formaria a sigla FCP na parte de cima e em baixo os anos do nosso orgulho (87 e 04), quando nos sagrámos campeões europeus. No meio das duas datas, a imagem da taça dos campeões. Já na nascente, lia-se a frase “Por ti, Porto”. A completar o tifo levantar-se-ia a frase “Queremos mais”.

Foi mais uma manhã bem passada, com o pessoal empenhado na realização da coreografia e com tudo a ficar concluído ao início da tarde, mas apenas devido ao atraso da camioneta que trazia as cartolinas. Entre as duas partes do trabalho, fomos até ao Dolce Vita para a fast food da praxe e para o Moisés ir comer a sopa!

Como o tifo ficou pronto muito cedo, tivemos de fazer horas até entrar para o estádio. Uns foram a aulas, outros a casa e algumas ultras foram mesmo às compras!

Já dentro do estádio, fomos vendo a casa encher, sempre num ambiente de jogo grande e já todos apostávamos numa vitória e num encontro com a Roma na eliminatória seguinte.
Mas a nossas previsões não se concretizaram, pois o jogo terminou empatado a zero, numa partida muito táctica, com as duas equipas, mas principalmente o conjunto londrino, a não arriscarem muito, já que o empate servia às duas formações. Ainda assim, o nosso Porto esteve por duas vezes muito perto de marcar, através de Quaresma, que conseguiu a proeza de enviar duas bolas ao poste da baliza inglesa. Nos últimos minutos, as duas equipas limitaram-se a trocar a bola no seu meio campo defensivo, enquanto esperavam que o tempo se esgotasse. Compreende-se que estava muita coisa em jogo, mas consideramos que devia haver mais respeito pela verdade desportiva e, principalmente, pelos adeptos que pagam muito e bom dinheiro para assistir não a uma sessão de treino de passe curto, mas sim a um jogo de futebol, que se quer disputado até ao último minuto. O encontro terminou mesmo empatado a zero, com Porto e Arsenal a qualificarem-se para a próxima fase da prova.

Agora em relação aos ultras, começamos por referir o efeito do espectáculo coreográfico, que não foi o melhor, mais uma vez devido à hora a que se disputa o jogo, que faz com que muitos espectadores apenas ocupem o seu lugar depois de começar a partida, não levantando, assim, a sua cartolina. O Grupo Mentalidade Ultras marcou mais uma excelente presença, das melhores de sempre, com o seu espaço completamente sobrelotado. Também os Super Dragões marcaram uma grande presença na superior Sul, talvez atingindo a marca dos dois milhares de elementos. Assim, pareciam estar todas as condições reunidas para uma grande prestação vocal dos ultras do Tribunal, mas a verdade é que o apoio foi apenas razoável, não atingido o nível que o número de membros justificava. Continua a faltar alguma coisa; infelizmente vê-se muita gente calada. Mesmos nós, GMU, que somos dos que mais cantamos, temos o dever de fazer mais e melhor. Meus amigos, convençam-se que o sector ultra é para apoiar, cantar, saltar e aplaudir. É para estar 90 minutos a dar tudo de nós para levar as nossas cores à vitória. Quem quiser ver o jogo tem os outros sectores do estádio, onde pode ver a bola sentadinho, sem bandeiras nem estandartes e tem ainda o sofá de casa, em frente à tv. Ainda assim, destaque para os momentos fabulosos que se seguiram às duas bolas no ferro, onde todo o estádio cantou de pé e tentou empurrar a equipa para a vitória. Viveram-se momentos que fizeram lembrar os tempos da caminhada para a vitória na Liga dos Campeões, quando o estádio do Dragão era o verdadeiro 12º jogador. São esses momentos que queremos reviver, já em Fevereiro, nos oitavos de final, onde iremos defrontar o Chelsea, como ditou o sorteio entretanto efectuado.

Foi uma qualificação justa, mas muito complicada e que à segunda jornada parecia já muito distante. Mas os jogadores excederam-se nos momentos decisivos e deram-nos a oportunidade de continuar na rota do nosso sonho: Atenas.

Até Fevereiro, Liga dos Campeões!