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segunda-feira, abril 30, 2007

Clássico amargo


Eliminados na Taça de Portugal, fora da Liga dos Campeões, resta-nos agora o campeonato nacional. E esse ninguém nos vai tirar!
Depois de vencermos na Madeira e garantirmos 3 pontos sempre complicados de conquistar, chegou mais um clássico do futebol português – o Porto/Sporting versão 2006/2007.
Antes dos 90 minutos de emoção do encontro, e, por se tratar de um jogo grande, o clube achou por bem encomendar uma coreografia para embelezar o espectáculo que se aguardava para a noite. Para tratar da organização e preparação estiveram, como tem sido usual, vários membros do nosso grupo.
Fugindo às sempre usadas cartolinas, optou-se, desta vez, por colocar balões azuis e brancos em todas as cadeiras do estádio do Dragão. Mais tarde, cada adepto teria de encher o seu, para, na entrada das equipas, se proporcionar um espectáculo colorido e diferente do habitual. Mas até chegar esse momento houve muito trabalho pela frente.
Mesmo não parecendo, foi uma tarefa intensa e cansativa, que ocupou toda a manhã e grande parte da tarde. Houve apenas tempo para o almoço convívio e nada mais!
Findo o trabalho e após a espera normal pela hora do jogo, chegou o momento de nos prepararmos para dar o nosso melhor durante os 90 minutos que se seguiam. Pouco antes do apito inicial, os balões começaram a ser agitados, dando um colorido diferente à noite no estádio do Dragão! A acompanhar este tom azul e branco e a completar a coreografia, foi mostrada a frase “Allez, Porto, allez, nós somos a tua voz, queremos esta vitória, conquista-a por nós” na bancada nascente. Pode dizer-se que o efeito foi o esperado e que o espectáculo nas bancadas resultou como um bom incentivo para a equipa. Isto, porque o Porto até entrou bem no jogo, mas quebrou quase logo o bom ritmo inicial, pouco tinha passado dos quinze minutos. O sporting também entrou bem e a primeira parte acabou por ser equilibrada, com poucos lances de perigo para ambas as equipas, mostrando, talvez, algum receio por parte dos treinadores em arriscar.
A segunda parte poucas novidades trouxe, o Porto continuou como tinha terminado os primeiros 45 minutos, lento, a falhar passes e a não arriscar, dando espaço ao sporting para se aproximar da baliza de Helton. Numa dessas jogadas de ataque dos jogadores leoninos, é marcada uma falta a seu favor, na entrada da área, que Tello converteu em golo, para infelicidade nossa.
Até ao final do jogo pouco mais houve a registar. Não fomos capazes de alterar o resultado, perdemos 3 pontos e ficamos também a perder no confronto directo com o sporting.
Mesmo com a convicção de que somos sempre superiores, há que admitir que a vitória dos lagartos não foi de todo injusta...
Fora das quatro linhas, na curva sul do estádio do Dragão, também houve um apoio muito “lento”. Este foi irregular e traduziu-se por reproduzir o que se passava em campo: relativamente bom quando a equipa jogava bem e fraco quando se verificava o contrário e, principalmente, a partir do golo de Tello. Não deveria ser desta forma mas já é de há muito sabido que, infelizmente, no nosso sector, funciona um bocado assim...
O GMU esteve muito bem representado, pois, praticamente todos os membros do grupo, estiveram neste jogo.
Apesar da derrota, mantemo-nos em primeiro lugar e esperamos continuar por lá e não perder mais pontos!
Na próxima jornada, a 1 de Abril, vamos à luz e já se sente a adrenalina desta deslocação. É sempre um jogo que mexe com as nossas emoções, por isso, lampiões, aguardem-nos!

quarta-feira, abril 25, 2007

Mais uma vitória



Este jogo começou da pior maneira possível. Ainda antes do apito inicial de Olegário Benquerença, foi feito um minuto de silêncio em honra de Manuel Bento. Melhor dizendo, não foi feito, tencionava fazer-se, porque houve quem desrespeitasse, ignorantemente, tal intenção.
É lógico e sabido que os minutos de silêncio, num estádio, nunca são integralmente respeitados pela totalidade dos adeptos. Porém, desta vez, o caso revestiu-se de uma irracionalidade maior que o habitual, pois, para além de não se respeitar o silêncio pretendido, entoaram-se cânticos, bramiram-se insultos, faltou-se com o respeito a uma pessoa em particular (fosse ela quem fosse) e a todas em geral. Ganhou-se, infelizmente, uma vez mais, a indignação e o desrespeito do público presente no Dragão e do público ouvinte pelo país fora. Falando do que realmente interessa aos verdadeiros ultras, fomos brindados, pela nossa equipa, com mais uma vitória, desta vez pela diferença mínima de 1-0. O Braga, agora comandado pela nosso eterno capitão Jorge Costa, veio à Invicta disposto a dificultar as contas ao FCP, mas Adriano cedo mostrou que a equipa estava ali para ganhar, fazendo o único golo da partida logo aos oito minutos. A partir daí houve, uma divisão do domínio da bola, com ambas as equipas a mostrar um futebol razoável. Porém, o resultado não mais se alterou e pode dizer-se que a vitória do Porto foi justa, porque até teve mais oportunidades de aumentar o marcador do que o Braga de empatar.
O pensamento do Porto voa agora para Londres, onde vai discutir a passagem aos quartos de final da Liga de Campeões com o Chelsea. Começa a contagem decrescente...
Apesar da derrota, Jorge Costa saiu do relvado do Estádio do Dragão sob ovação, com os adeptos a proclamarem bem alto o seu nome, como forma de agradecimento por tudo o que fez pelo FCP. Muito mais se podia e devia ter feito, por tudo o que ele deu, por tudo o que ele representou, por tudo o que ele encarnou e porque a nossa memória não deve ser curta!

Chapa 5

Depois de duas derrotas inesperadas, nada como duas grandes goleadas para animar as hostes portistas e dar um outro ânimo à equipa azul e branca rumo à conquista do campeonato nacional.

Os pupilos de Jesualdo Ferreira aproveitaram a boa onda da jornada anterior e repetiram, em campo alheio, o que na semana anterior tinham feito em casa, um jogo agradável, corrido e, acima de tudo, com muitos golos. Em Aveiro foram cinco, um na primeira parte e quatro na segunda. Lisandro aos 17 minutos inaugurou o marcador, seguindo-se-lhe Lucho (70’), Raul Meireles (74’), Alan (76’) e Adriano (87’).
Apesar do resultado expressivo, o FCP não entrou muito bem no jogo, tendo o Beira-Mar controlado até surgir o primeiro tento portista. A partir daí e essencialmente na segunda parte, só deu Porto. É o regresso da nossa equipa à boa forma!
A nível de apoio, e como já vem sendo hábito nos jogos fora, estivemos bastante bem. Continua a ser notório que os ultras portistas se entusiasmam mais nestes jogos do que nos realizados no Estádio do Dragão.
Para acompanhar as vozes e os bombos dos ultras azuis e brancos, houve, desta vez, um conjunto de tambores brasileiros que deram um outro colorido à curva e sonorizaram a goleada com umas notas de samba!
O GMU, fez-se, como sempre, representar em número considerável. Não há, praticamente, jogo que faltemos, nem deixamos o nosso apoio por mãos alheias. Estamos sempre presentes e sempre dispostos a dar tudo por tudo para apoiar e para ver a nossa equipa ganhar.

Oitavos de final

Quis o destino que nos calhasse na rifa, para os oitavos de final da Liga dos Campeões, o Chelsea, do nosso amigo José Mourinho. Sabendo de antemão que não seria uma eliminatória fácil de passar, o importante era, acima de tudo, e falando da parte que a nós, adeptos, diz respeito, estar presente, apoiar e mostrar que o futebol pode ser muito mais que 90 minutos dentro das quatro linhas. E claro, esperar que a equipa, em campo, se empenhe verdadeiramente, jogue bem, mostre raça e vontade de ganhar.
O dia começou bem, com o sol a brilhar e muita vontade de preparar algo para a noite europeia no dragão. Como já vem sendo habitual, o GMU estava incumbido de preparar a coreografia. Mais uma vez, esta não primou pela originalidade, uma vez que consistia em distribuir as usuais cartolinas por todo o estádio, mas o facto de se preparar algo já é de muito valor. Desta vez, o objectivo era formar o número 12 e a palavra “dragões” para, depois, em conjunto com uma frase, dar o resultado final de “Esta noite seremos: 12 dragões”.
Os GMU’s empenharam-se, como sempre, na rápida execução das suas tarefas e, na hora de almoço, a maior parte do trabalho já estava feito. Foi então momento de repor energias e de “dar ao garfo”, entre as normais histórias e aventuras passadas e presentes, que rodeiam sempre as nossas conversas!
Durante a tarde foi altura de acabar o que faltava, e só não ficou tudo pronto mais cedo devido à falta de cartolinas, coisa que, também, já vem sendo habitual...
Acabado o trabalho, começava a contagem decrescente para o início do jogo e começava, também, o nervoso miudinho a dar sinais de si... Para ajudar a passar o tempo, fizemos um piquenique em pleno Dolce Vita, sempre bastante animado!
Perto da hora do jogo, fomos entrando e ocupando os nossos lugares, ouvindo as constituições da equipa e fazendo os últimos prognósticos.
A coreografia resultou razoavelmente. Ainda há muito quem não levante as cartolinas, nas bancadas ditas dos adeptos normais, e ainda há muita falta de mentalidade no sector ultra, muita mesmo, mas, no geral, ficou bonito e a mensagem perceptível. E nós tivemos a sensação de dever cumprido! No entanto, o apoio não se resumia à coreografia e era necessário incentivar a equipa durante os 90 minutos. E, nos momentos iniciais, este incentivo não faltou. O estádio todo uniu-se, numa só voz, para gritar PORTO!!!


O jogo começou bem, com rapidez, boas jogadas, boas trocas de bola e dois golos, um pra cada lado. Marcou primeiro o Porto, por intermédio de Raul Meireles, criando uma lógica e saborosa euforia entre nós, mas que não durou mais de 5 minutos, altura em que o Chelsea empatou, com um golo de Shevchenko.
Até ao final da primeira parte o jogo manteve-se interessante, disputado, e com jogadas mágicas. Um remate de Ricardo Quaresma (que ia resultando em golo) teria sido, sem dúvida, o golo do ano!
A nível de apoio, os 45 minutos iniciais foram bastante bons. Não foi um apoio sempre contínuo, teve um ou outro momento de silêncio, mas, no geral, foi positivo.
Com a segunda parte veio um jogo mais parado, mais defensivo, com o Chelsea a tentar manter a igualdade e o Porto, apenas timidamente, a tentar vencer o encontro. No entanto, nos últimos 10 minutos, ainda surgiram boas jogadas ofensivas que se poderiam ter traduzido em golos, mas quis a sina que o resultado final ficasse 0-0 e a decisão fosse adiada para Stamford Bridge.
Talvez por ser um jogo de nervos, o apoio nesta segunda parte não
foi muito bom. A ansiedade era muita e as gargantas nem sempre correspondiam... É uma pena que assim seja, pois sabemos o quão fundamental é, para os jogadores, sentirem o apoio dos seus adeptos. Apoio que, em Londres, não vai ser, pelo menos, tão numeroso...
A noite terminou, como sempre, num restaurante da cidade, já com o grupo menos numeroso a fazer os últimos rescaldos, as últimas análises e as últimas apreciações dum dia intenso em trabalho e em emoções!

domingo, abril 15, 2007

De volta às vitórias

Após alguns resultados menos bons do nosso amado clube, tivemos direito a uma vitória folgada, que fez a crítica “mourisca” mais apressada ter de deixar de falar na já anunciada crise do Porto.

Novamente sem Quaresma na equipa, que viu o pedido de recurso à sua despenalização ser adiado, vá-se lá saber porquê, Jesualdo Ferreira optou por delinear uma táctica diferente da habitual e colocar a equipa a jogar mais pelo centro, dando uma dinâmica mais ofensiva ao jogo e brindando os adeptos com quatro golos. Lisandro, Lucho, novamente Lisandro e o regressado Adriano foram os marcadores de serviço.

A Naval pouco fez para contrariar a noite azul e branca e dos cinco golos sofridos como equipa visitante neste campeonato, passou, num abrir e fechar de olhos, para os nove...

Com o jogo controlado e a vitória praticamente assegurada, o nosso treinador aproveitou para mandar descansar, mais cedo, alguns dos habituais titulares, Lucho e Lisandro, estando, provavelmente, já a pensar, no próximo embate a contar para a Liga dos Campeões, contra o Chelsea, e estrear Rentería, a nova contratação do nosso clube.

Com este resultado, o Porto continua na frente do campeonato e bastante adiantado em relação aos seus adversários mais directos.



Esta noite de futebol trouxe algo mais que “show” de bola e uma vitória para os dragões. Trouxe lembranças, bem agradáveis, do saudoso e extinto Estádio das Antas! A chuva caiu em força durante grande parte do jogo e, mesmo com um estádio ultra moderno, coberto no seu todo e cheio de boas condições, poucos foram os adeptos que não tiveram de se levantar das suas cadeiras para se protegerem da intempérie. No entanto, na superior sul do Estádio do Dragão, houve quem não receasse uma valente molha, uma possível constipação e/ou horas desconfortáveis dentro da roupa molhada (quiçá devido a hábitos anteriormente adquiridos...), e se deixasse levar pela emoção do momento e pela saudade de momentos, aproveitando para apoiar com toda a força e ao som da chuva a equipa do seu coração! Foram poucos os resistentes, mas bons, não fossem, alguns deles, orgulhosamente GMU’s! Num jogo onde o apoio foi essencialmente vocal, e nem sempre constante, estas alturas foram, sem dúvida, as mais intensas.

Esperemos que a boa prestação do sector ultra tenha servido de ensaio para o próximo embate da nossa equipa, contra o Chelsea de José Mourinho, e que estejamos todos de corpo e alma a apoiar e ajudar a conquistar um bom resultado, para que possamos continuar a sonhar com umas férias, no mês de Maio, em Atenas...

O pesadelo continua

Apesar deste encontro se realizar num Sábado à tarde, o FCP registou uma das piores assistências do ano, com o seu Estádio a ficar com 25 mil cadeiras por ocupar. E muitas mais ficariam se o resultado se adivinhasse… É que não é de todo normal o Porto perder, em casa, com o Estrela, muito menos praticar um futebol de tão fraca qualidade.

Quaresma foi expulso, em Leiria, e todos sabemos que, neste momento, ele é um jogador importante na formação azul e branca, um talento que brilha entre os melhores da Europa. Porém, temos muitos outros bons jogadores e nem estes, nem o treinador se devem esquecer disso. Muito menos que o futebol é um jogo de equipa e que só assim resulta.


Consequência da ausência de Quaresma, ou não, o jogo a que assistimos foi um jogo morto, apático, sem magia, com a bola a circular apenas no meio campo e o ataque sendo quase inexistente. Por uma ou outra vez, Postiga ainda fez suspirar as bancadas, mas como se vai tornando habitual, pelas piores razões... Não conseguia acertar com a bola na baliza adversária.
Para acabar tudo da pior maneira possível, numa desatenção, perdeu-se o mal menor, aquele ponto do empate. O Estrela marcou e o Porto saiu do campo com outra derrota na bagagem, a segunda consecutiva.

Assim, não há adepto que resista. Se quem está no campo não quer jogar, não quer lutar, não dá tudo de si, o incentivo perde a sua chama e a resignação acaba por tomar conta dos Ultras. Tudo o que quiserem, nós damos, só pedimos 90 minutos de dedicação.


Procura-se mística!!!