Catch us if you can...

domingo, outubro 01, 2006

GMU in London


O dia começou cedo para os ultras do GMU que iam partir em direcção a Londres para acompanhar o nosso grande Porto em mais uma jornada europeia. Quase todos escolheram o metro para viajar até ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, mas a Catarina quis dormir mais um bocado e quase ficava em terra (mais uma vez). Apesar de alguns atrasos, todos conseguimos fazer o check in e embarcamos num avião da Ryan Air que nos havia de levar até terras de Sua Majestade. Segundos antes da partida, o Tiago deu conta de que se havia esquecido dos bilhetes para o jogo, que tinham custado uns módicos 48 euros! Foi, sem dúvida, uma descolagem diferente e, violando as normas de segurança aérea, tivemos de fazer umas chamadas para garantir novos bilhetes. O resto da viagem foi calma, exceptuando alguns ataques de pânico da Pat devido ao medo de voar, mesmo sendo o avião, o meio de transporte mais seguro do mundo.

Duas horas depois de partirmos do Porto, aterrámos no aeroporto de Stansted, nos arredores de Londres. Aí, de autocarro ou comboio, todos os caminhos iam dar à capital inglesa. Chegados a Londres, foi tempo de almoçar, para depois aproveitar a tarde para conhecer a cidade. De Liverpool Street, passando pelo palácio da bolsa, por Trafalguar Square e acabando em Piccadilly Circus, o estandarte do GMU marcou presença em muitos locais famosos de Londres, durante uma tarde cansativa, mas animada e enriquecedora. Depois do nosso passeio turístico, apanhamos o metro em Piccadilly Circus em direcção a Arsenal.

Já nos arredores do estádio fomos dar uma volta e conhecer o novo recinto do clube londrino, procurar uma bandeira para o Johnny e visitar a loja oficial dos “Gunners”. A hora do jogo aproximava-se e já com os nossos “segundos” bilhetes na mão, entramos no Emirates Stadium e logo percebemos que nos encontrávamos numa cópia do estádio da luz. Inexplicável e ditatorialmente, os stewards do Arsenal não permitiram a entrada da nossa faixa, dizendo apenas que era muito grande e não cedendo aos nossos inúmeros argumentos e reclamações. Resignados, lá ocupámos os nossos lugares na bancada e vamos esperando o início do jogo ao mesmo tempo que o estádio vai enchendo.

As equipas entram no relvado e percebemos que o nosso treinador resolveu inventar, colocando o Ricardo Costa na esquerda da defesa e colocando o eslovaco Cech no meio campo, tendo deixado no banco o Raul Meireles. Estas mudanças não auguravam nada de bom e, de facto, o Arsenal pega no jogo logo de início, sufocando a defesa portista, que se vê incapaz de parar o “extraterreste” Henry e o rapidíssimo Van Persie. Nós, na curva, bem tentamos empurrar a equipa para a frente, cantando como podíamos, face à esmagadora inferioridade numérica nas bancadas, mas os jogadores pareciam intimidados e encolhidos. Talvez alguém os devesse lembrar (e especialmente ao treinador) que envergavam a camisola do FC Porto, clube já duas vezes campeão europeu, titulo que o Arsenal nunca conquistou. O golo inglês surge naturalmente, mas o Porto não reage, continua a sofrer perigosas investidas da equipa de Wenger. No sector visitante começam os problemas com a polícia inglesa, que teima em insistir que nos sentemos e que ocupemos os lugares que estão marcados nos nossos bilhetes. Já com as coisas mais calmas, chega o intervalo. No Emirates Stadium, podemos ver, ao intervalo e no fim do jogo, todos os golos da jornada europeia e foi isso que fizemos durante os quinze minutos de pausa, para nos esquecermos do que se passava no nosso próprio jogo.

A segunda parte começa igual à primeira, com mais um golo do Arsenal. Foi o desmoronar da pouca esperança que ainda tínhamos num resultado positivo. Apesar dos nossos esforços em apoiar a equipa, nada havia a fazer para virar o marcador a nosso favor. Uma péssima exibição culminava com uma derrota que nos deixa em maus lençóis para o resto da competição. Agora, precisamos de, no mínimo, conseguir 4 pontos nos dois próximos jogos contra o Hamburgo. Ainda assim, os jogadores agradecem o nosso apoio e nós abandonamos o estádio cabisbaixos e desiludidos com o resultado, mas especialmente com a postura da equipa.

Enquanto alguns regressaram logo após o jogo ao aeroporto, outros aproveitaram para ir jantar a um restaurante de kebab nas imediações do estádio, enquanto faziam horas para regressar ao aeroporto, pois o voo de regresso a Portugal era apenas às 6:30 da manhã.

Depois de algumas aventuras e de mais uma viagem, todos os GMU’s estavam novamente reunidos em Stansted, onde nos esperavam mais umas horas de espera até à partida. Alguns de nós já conhecem todos os cantos daquele aeroporto, pois já várias vezes passamos lá tardes e noites inteiras à espera de voos. E, mais uma vez, cumpriu-se a tradição, já muito comentada nos ultras portistas, do Porto perder sempre que viajamos pela Ryan Air. Foi assim em Londres contra o Chelsea, em Milão frente ao Inter, em Glasgow, em Bratislava (empate, mas que valeu como uma derrota) e agora em Londres contra o Arsenal.

Muitas horas de espera depois, lá embarcámos no avião que nos traria de volta à Invicta. Como já não nos chegasse o tempo de espera na gare do aeroporto, ainda estivemos retidos na pista à espera para levantar voo, o que levou a um atraso de quase uma hora. Finalmente, o avião lá descola e nós, extenuados, cedemos ao sono.

Quando aterramos já são quase dez da manha e fazemos a última viagem do dia, novamente de metro, até casa. Houve quem fosse dormir, mas também quem fosse para as aulas. Assim, quase 28 horas depois de acordarmos, estávamos de volta. Tristes pela derrota, mas contentes por termos mais histórias para contar, por termos estado presentes em mais um jogo do nosso amor e por podermos dizer que nós estivemos lá, nós fizemos a nossa parte.

E foi assim mais uma transferta do Grupo Mentalidade Ultras ao estrangeiro. Queremos, ainda este ano, marcar presença em muitas cidades por essa Europa fora, em especial em Atenas, palco da final da Liga dos Campeões desta época. Porque o sonho comanda a vida e a esperança é a última a morrer…

7 Comments:

  • At 6:13 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Grande deslocação só foi pena termos perdido o jogo e eu me ter esquecido dos bilhetes! Espero que muitas outras deslocações como esta aconteçam, temos é de viajar noutra companhia aérea.

     
  • At 7:27 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Rapaziada la la la la la la e gritem todos comigo VIVÒ MALUCO!!!! :D

     
  • At 7:21 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Pá não jogamos nd...valeu pela vossa presença, pelas fotos e por ter visto a puxa na tv LOLOL

     
  • At 6:28 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Sim, grande deslocação! Pensei que fosse ser menos interessante, mas enganei-me. E ainda bem, foi um dia muito bem passado, apesar do Porto ter perdido e de ter de aturar o Johnny e o Tiago tantas hora seguidas lol! Venha a próxima!

     
  • At 6:35 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Ah! Fiquei desiludida com os adeptos do Arsenal. Muito fracos...

     
  • At 5:48 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Também não achei nada de especial, mas também sofrem na pele a repressão dos stewards para com quem quer estar de pé e cantar. A Inglaterra criou o futebol, mas é também o berço do futebol moderno.

     
  • At 4:30 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Queria ir outra vez a Londres... É que gostei mesmo!!!

     

Enviar um comentário

<< Home